“Houve uma retração no mercado mundial. Houve uma quebra não muito significativa, mas houve uma quebra na nossa produção em 8%. A primeira proposta é de redução sem demissão. No plano B, a gente vai ter que entrar na demissão. Os percentuais não são altos, em torno de 5% no País”, explicou Campos. Esse percentual representa 70 demitidos no Brasil.
“A gente quer manter o pessoal porque foi feito um investimento altíssimo em formação e eles têm um conhecimento muito importante para nós. Nós mandamos gente de Pecém, de Catuana, do Pecém para a Alemanha e a gente vai abrir mão desse pessoal? Pessoal para a gente é jóia!”, destacou.
Apesar da revisão de gastos, a gerente ressaltou com otimismo os planos da empresa de crescer e passar a produzir os aerogeradores completos no Estado, já que somente são fabricados aqui pás e torres. Os geradores, terceiro componente dos “cataventos eólicos”, vêm da matriz nacional, em Sorocaba (SP). Além disso, a empresa quer produzir aerogeradores mais modernos e maiores no Estado, mas novos investimentos dependem dos leilões eólicos prometidos pelo Governo Federal para novembro deste ano.
A Wobben possui uma filial no Ceará, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, com 400 funcionários. A empresa se instalou no Pecém em 2002, após montar em 1998 parque eólico em Taíba (5 MW) e outro em Prainha (10 MW) em 1999.
A EMPRESA
>No Brasil, a Wobben emprega diretamente 1,4 mil funcionários e seis mil indiretamente.
> O maior empreendimento eólico da América Latina, o Parque de Osório, no Rio Grande do Sul, com capacidade instalada de 150 MW, foi entregue pela Wobben em 2006. O parque conta com 75 aerogeradores.
> A Wobben foi fundada em 1984, por Aloys Wobben, na Alemanha. Segundo dados da empresa, são mais de 13,8 mil aerogeradores instalados e operando em cerca de 40 países.