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Noticia Arquivada

Termelétrica do Pecém vai receber R$ 1,4 bi do BNDES

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de longo prazo de R$ 1,4 bilhão para a construção da usina termelétrica (UTE) do Porto do Pecém I, em São Gonçalo do Amarante. O empreendimento, uma parceria da brasileira MPX e a portuguesa EDP, já está com as obras na fase de concretagem das fundações e gastos que somam mais de R$ 500 mil. A expectativa é que a primeira unidade de 360 MW (megawatts) da usina, movida a carvão mineral, entre em operação comercial em julho de 2011. E a segunda unidade, mais 360 MW, em outubro do mesmo ano.

Segundo o diretor-presidente da Porto do Pecém Geração de Energia, empresa formada pela MPX e EDP Energias do Brasil, Moacyr May Carmo, nos próximos dias também deve ser concluída a contratação de US$ 180 milhões (R$ 365,4 milhões na cotação de ontem de R$ 2,03) de um consórcio de bancos internacionais. A empresa também já conta com os US$ 147 milhões (R$ 298,4 milhões) aprovados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “A aprovação do BNDES e do BID são provas da viabilidade do projeto e da seriedade dos investidores”, afirma, adiantando que os empréstimos vão financiar 75% do investimento total de cerca de R$ 3,4 bilhões. Os outros 25% virão do capital dos sócios – 50% para cada um.

O empréstimo do BNDES terá prazo total de 17 anos, sendo 14 anos de amortização. De acordo com Moacyr Carmo será pago com a receita da energia já foi vendida. A UTE Pecém I já comercializou 615 MW médios no mercado regulado, garantindo uma receita fixa anual de R$ 467,5 milhões (base março de 2009). As obras de construção da planta foram iniciadas em julho de 2008 e o cronograma de implantação prevê início de operação comercial anterior a janeiro de 2012, data em que se inicia o compromisso de entrega de energia assumido no mercado regulado.

Empregos
Conforme nota do BNDES, a nova usina com capacidade de geração de 720 MW faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e vai gerar 1,5 mil empregos durante a fase de construção. Moacyr Carmo diz que hoje ela emprega cerca de 400 pessoas e no pico da produção empregará, de forma direta, em torno de duas mil.

A instituição também destaca que “a usina usará como combustível carvão mineral, que apresenta alto índice de combustão e baixa concentração de enxofre, reduzindo, portanto, os impactos ambientais. A unidade será construída utilizando modernas técnicas de engenharia e equipamentos, buscando adotar tecnologias de queima limpa (Clean Coal Technologies)”. Diz ainda que a empresa investirá em queimadores que reduzem a emissão de gases poluentes.

E-MAIS

>1. Segundo nota da MPX, o empréstimo foi aprovado após longo e rigoroso processo que cobriu detalhadamente, entre outros, os aspectos técnico, ambiental, social e econômico-financeiro dos projetos. “A aprovação final do financiamento não apenas reforça a viabilidade e relevância do empreendimento como também demonstra que a Companhia utiliza uma estratégia robusta e assertiva de mitigação de riscos”.

>2. A UTE Pecém I, incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), será movida a carvão mineral, e terá capacidade instalada de 720 MW (megawatts). As obras foram iniciadas em julho de 2008 e o começo da operação comercial está prevista para 2011.

>3. A MPX, braço de energia do grupo EBX, do empresário Eike Batista, diz ainda que a usina “representa um importante passo para a diversificação da matriz elétrica e energética do Brasil, assegurando a confiabilidade da oferta de eletricidade no País”.

> 4. Os investidores informam que a usina utilizará tecnologia de queima limpa de carvão, cumprindo as mais rigorosas exigências da legislação brasileira e de organismos internacionais. E a MPX pretende destinar uma parcela significativa de seu investimento em P&D para o desenvolvimento de tecnologias de sequestro de carbono.

 

(Fonte: Jornal O POVO – Fortaleza – Editoria: Economia)