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Noticia Arquivada

Quebra-mar facilita operações no Pecém

O fim das ondas “swell” viabiliza a chegada, com segurança, de embarcações de maior porte ao terminal

As ondas que dificultavam a atracação de navios de grande porte no Terminal Portuário do Pecém agora já não perturbam mais as operações do porto. Como parte das obras de construção do Terminal de Múltiplo Uso (Tmut), já estão concluídos 180 metros do quebra-mar do novo cais, que terá, quando terminado, um quilômetro. A estrutura, ainda que ainda não terminada, já garante a tranqüilidade das águas no porto e viabiliza a chegada de embarcações transportadoras de equipamentos para projetos estruturantes.

“Mesmo sem essa expansão do porto, era feita a atracação de navios de grande porte, mas com dificuldade. Os equipamentos precisam de águas muito tranquilas para operar e, agora, não estão mais passando as ondas swell (formadas no Hemisfério Norte)”, explica o diretor de Desenvolvimento Comercial da CearáPortos empresa administradora do Porto do Pecém , Mário Lima Júnior.

Montagem da térmica

Também motivado por esse ganho na qualidade da operação, o porto fechou parceria com o armador alemão Scanscot para escala de 25 navios com cargas especiais para montagem da termelétrica Energia Pecém, em construção no complexo industrial pelas empresas EDP e MPX. O primeiro navio, o Nordana Tereza, está previsto para chegar ao porto na próxima segunda-feira (31). O restante chegará de forma planejada ao longo de 12 meses.

As embarcações são do tipo Break Buck, que são navios especiais para transporte das chamadas cargas de projeto, possuindo estrutura de porões e convés adequados para transporte off-shore de máquinas e equipamentos de grande porte para aparelhamento de parques industriais. De acordo com o diretor da CearáPortos, a partir de agora, haverá um maior fluxo de navios deste porte ancorando no terminal portuário.

“A tranqüilidade das águas é fundamental para o parque industrial do Pecém. Com a instalação das indústrias previstas para o local, com empreendimentos como refinaria e siderúrgica”, esclarece Lima Júnior.

A dificuldade na manobra de atracação no porto, por conta das ondas, já contribuiu para a ocorrência de pequenos acidentes no porto. Em dezembro do ano passado, por exemplo, uma embarcação carregadora de contêineres colidiu contra o Píer 1 do terminal portuário, o qual opera atualmente com cargas gerais. O choque, entretanto, não gerou prejuízos à estrutura do píer, e as operações de carga e descarga de contêineres continuaram normalmente.

Tmut

O Tmut é o primeiro dos projetos de ampliação do Porto do Pecém, e consiste na construção de um novo píer de atracação, que servirá para o transporte de carga geral, hoje realizado no Píer 1. Com isso, este ficará destinado aos produtos siderúrgicos. O novo terminal terá dois berços de atracação voltados a atender os navios porta-conteineres frigoríficos. Assim, a capacidade estimada de movimentação de contêineres será ampliada dos atuais 250 mil TEUS/ano para 760 mil anuais.

O Tmut deverá estar concluído até o final do ano que vem, e envolvem um investimento de R$ 313,7 milhões.

 

Fonte: Diário do Nordeste – Fortaleza