Desde 2013, o Porto do Pecém utiliza um sistema de reúso de água, criado por um dos colaboradores da Companhia de Integração Portuária do Ceará (Cearáportos), vinculada à Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), empresa administradora do porto cearense. Ao todo, durante esses três anos, a nova prática contribui para o meio ambiente, vem sendo exemplo de uso consciente da água em um momento de seca no Estado e reduz em 25% o gasto mensal da empresa com o insumo.
O projeto, de acordo com um dos idealizadores, José Maria Arruda Filho, engenheiro da companhia, permite que 1200 m³ por mês da água de todo o terminal seja proveniente do reúso, sendo empregada na irrigação de áreas verdes, lavagem de pátios, nas descargas das bacias sanitárias. “Antes o Porto do Pecém era abastecido por uma lagoa que existe aqui perto, mas começamos a pensar em alternativas para a prospecção de água dentro do terminal, então criamos o sistema que funciona bem até hoje”, declarou o engenheiro.
O sistema de coleta, que é baseado no tratamento e reúso dos efluentes, é formado por uma Estação de Tratamento de Esgoto – ETE com três níveis de tratamento, que são:
1 – Separação dos diversos componentes dos efluentes;
2 – Utilização de reatores anaeróbicos e aeróbicos para tratar os esgotos eliminando cerca de 95% da matéria orgânica dos efluentes;
3 – O material, já tratado, recebe Policloreto de Alumínio (que ativa o processo de coagulação, floculação e filtração, removendo micro partículas em suspensão na água), e Cloro.
Além de economizar o uso da água potável, o sistema ainda evita a contaminação do lençol freático da área, visto que reaproveita as águas de esgotamento sanitário, em vez de jogá-lo no solo ou nos recursos hídricos. Segundo a coordenadora de meio ambiente da Cearáportos, Iêda Passos, o Porto do Pecém obedece todas as normas ambientais para a prática de atividades portuárias, com monitoramentos mensais dos paramentos legais exigidos, e este sistema faz parte de uma série de medida sustentáveis adotadas pela empresa a fim de preservar o meio ambiente.“Entendemos que somos um porto e estamos sim buscando o crescimento e incentivando os investimentos aqui na região, porém temos a responsabilidade de preservar o local onde estamos instalados. É nosso dever buscar o desenvolvimento econômico, mas também garantir que isto será feito de maneira consciente, mantendo a qualidade de vida para as pessoas que aqui vivem, trabalham e conservando o que a natureza nos oferece”, disse .
Luiza Dantas
Assessoria de Imprensa da Cearáportos
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