O Porto do Pecém, que integra o Complexo industrial e Portuário do Pecém, está terminando o ano com mais uma marca positiva. O terminal portuário, localizado no litoral oeste do Ceará, vai fechar 2019 com seis linhas regulares de cabotagem – o segundo maior número de linhas entre portos brasileiros, atrás apenas do centenário Porto de Santos.
“A gente tem se preparado muito nos últimos anos para conquistar essa marca. Há 3, 4 anos atrás tínhamos uma produtividade de 28 contêineres/hora. Naquela época não atendíamos o mercado de maneira satisfatória. Então nos preparamos, principalmente, com a construção dos berços 7 e 8 e com a compra de novos equipamentos. Hoje nossa produtividade é, em média, de 65 contêineres/hora com pico de 110 contêineres/hora. É uma movimentação muito expressiva dentro do mercado nacional e que explica essa quantidade de linhas”, diz Waldir Sampaio – Diretor Executivo de Operações do Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
Hoje as seis linhas que servem o Porto do Pecém são operadas por três empresas:
- Aliança (4);
- Log-In (1);
- Mercosul Line (1).
“Graças à capacidade operacional e a competitividade do Porto do Pecém nós conseguimos trazer nos últimos anos novas linhas de contêineres para o Porto do Pecém. Assim a expectativa para 2020 são as melhores possíveis. Continuaremos trabalhando arduamente para oferecer soluções cada vez mais adequadas aos nossos clientes“, afirma diz Raul Neris Viana – Gerente de Negócios Portuários do Complexo Industrial e Portuário do Pecém
Portos brasileiros conectados com o Porto do Pecém em 2019
Manaus/AM; Santos/SP;
Vila do Conde/PA; Paranguá/PR;
Itaqui/MA; Itapoá/SC;
Suape/PE; Itajái/SC;
Salvador/BA; Imbituba/SC;
Itaguaí/RJ; Rio Grande/RS;
A cabotagem contribuiu diretamente para o crescimento do Porto do Pecém em 2019, que em outubro bateu recordes. Foi o mês em que 65 navios atracaram nos píeres do terminal portuário cearense – a maior quantidade de embarcações cargueiras atracadas em um único mês, desde que o porto foi inaugurado em março de 2002.
O resultado da vinda de tantos navios influenciou diretamente na movimentação de cargas. Também em outubro de 2019 foram movimentadas 1.927.493 de toneladas. Um recorde na história no porto, pois nunca haviam sido movimentadas tantas cargas em um único mês.
“E até o primeiro trimestre do próximo ano estaremos inaugurando e passando a operar um novo berço de atracação, o berço de número 10. Assim estaremos ampliando a nossa capacidade operacional. Na prática teremos condições de receber mais navios e consequentemente mais linhas de cabotagem”, diz Danilo Serpa – Presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
Hoje segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), somente 10% das cargas no Brasil circulam por vias aquaviárias. Ainda sim a movimentação entre portos brasileiros cresce a taxas superiores a dois dígitos desde o início da década. Em 2018 a cabotagem cresceu 14% em relação a 2017, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A Cabotagem
A expressão “cabotagem” vem do italiano Sebastião Caboto. Nascido em Veneza, no ano de 1476, e falecido em Londres, no ano de 1557, foi um navegador do século XVI que explorou a costa dos Estados Unidos partindo da Flórida em direção à foz do rio São Lourenço, hoje território do Canadá. A empreitada rendeu uma homenagem ao navegador pela sua estratégia de navegação margeando o litoral. Assim toda a movimentação entre portos de um mesmo país é chamada de cabotagem.