Investimentos em superestrutura que se fazem e se farão por mais tempo ainda no Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, não têm se beneficiado do Reporto — nome popular de uma Lei que isenta de impostos todas as inversões para o aparelhamento de portos nacionais organizados. Para ser claro: o terminal portuário do Pecém não é um porto organizado, como o é o de Mucuripe, em Fortaleza, que recebe todos os benefícios do Reporto. Pois bem: esta coluna recebeu a informação de que, neste momento, pousou na cabeça de controladores e executivos de grandes empresas nacionais e estrangeiras com interesse cada vez maior naquele terminal portuário a idéia de, em curtíssimo prazo, transformar Pecém em um porto público organizado com direito aos favores do Reporto. Pelo andar da carruagem da economia cearense, Pecém tem um futuro muito promissor. Afinal, prometem os governos Federal e Estadual que ao derredor de Pecém serão implantadas, nos próximos cinco anos, uma refinaria de petróleo, uma siderúrgica, duas fábricas de cimento, uma gigantesca central de distribuição de mercadorias e uma Zona de Processamento para Exportação com dezenas de indústrias dentro dela. A esse conjunto deu-se o nome de Complexo Portuário e Industrial de Pecém. Assim, se mudança vai haver no desenho institucional do porto marítimo desse sonhado complexo, que seja agora.
Fonte: (Diário do Nordeste – Coluna: Egídio Serpa)