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Noticia Arquivada

Pecém: Pequenos têm apenas 5% das exportações

Para competir e obter resultados positivos no mercado externo, pequenos e médios empresários cearenses precisam investir na associação e na formação de cooperativas. A análise é do diretor de desenvolvimento comercial da Companhia de Inte-gração Portuária do Ceará (Ceará Portos), Mário Lima Júnior. Nesta quinta-feira, ele participou de um debate sobre logística e competitividade no Encontro do Comércio Exterior (Encomex), encerrado ontem.

De acordo com Mário Lima, apenas 5% das exportações realizadas pelo Porto do Pecém são de pequenos e médios produtores, que fazem negócios a partir da formação de cooperativas e são especializados na venda de frutas e flores ornamentais.

“O que amedronta os pequenos empresários são os entraves burocráticos, que continuam muito grandes para quem não tem uma estrutura organizacional bem desenvolvida ou o contato permanente com trades internacionais”.

Rodadas de Negócios

Com a participação de quatro trades nacionais e cerca de 25 fabricantes cearenses, a edição deste ano do Encomex em Fortaleza incluiu a realização de rodadas de negociação na programação do encontro pela primeira vez. As reuniões foram previamente agendadas pela Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), inspirada nos resultados positivos do encontro realizado no Espírito Santo no início de julho. “Em Vitória, nós tivemos um retorno muito grande dessas rodadas de negociação, apesar do investimento pequeno porque foi a nossa primeira experiência”, comenta a gestora de Projetos da Apex Brasil, Raquel Vilharva. Segundo ela, em duas semanas a Apex realizará um levantamento para saber quais foram os encaminhamentos das reuniões realizadas nos últimos dois dias.

Ainda de acordo com Vilharva, os segmentos de moda e alimentos foram os mais representados nas negociações, marcadas pela busca de informação por parte dos fabricantes. “Através da parceria, os empresários viram que podem exportar”, afirma. “Sentimos que alguns participantes ficaram surpresos com as informações fornecidas durante as reuniões”, afirma.

Burocracia

Para Mário Lima, da Ceará Portos, o empresário cearense, mesmo quando tem um produto já negociado com o comprador em outro país, pode acabar com o processo emperrado no momento de garantir a entrega. “É aí que começa a questão do preço final, porque o processo (de exportação) envolve várias etapas de fiscalização e submissão de documentos, e tudo isso interfere no custo que o empresário vai ter para colocar o produto no almoxarifado do país importador”, afirma.

 

Fonte: (Diário do Nordeste – Fortaleza)