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Noticia Arquivada

Pecém I pode ser antecipada em até seis meses

A MPX e EDP Energias do Brasil estão tentando antecipar a entrada em operação da Usina Termoelétrica (UTE) Pecém I. A previsão inicial apontava para dezembro de 2011 ou janeiro de 2012, mas as empresas têm trabalhado para que a primeira máquina chegue seis meses antes, em julho do próximo ano. Com isso, espera-se que a segunda também seja antecipada e entregue em outubro.

´Desde o início trabalhamos com essa possibilidade e estamos tentando antecipar a operação comercial da Pecém I em seis meses´, confirmou o presidente da UTE, Moacyr Carmo. De acordo com o cronograma da UTE, equipamentos de maior porte, que estão sendo fabricados na China e na Índia, começam a chegar em junho próximo, o que inclui as torres das caldeiras e tubos.

Com capacidade instalada de 720 megawatts (MW), a usina tem 615 MW médios já vendidos no leilão A-5, realizado em 2007 e com entrega prevista para janeiro de 2012. Caso a empresa consiga realmente antecipar a entrada em operação da térmica, Moacyr Carmo diz que o mercado livre é o destino mais provável para a energia que será produzida antes de janeiro de 2012. A outra opção seria uma antecipação do contrato do leilão A-5.

Financiamento

Pecém I faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Na última quinta-feira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 1,4 bilhão para o projeto da termelétrica, com prazo total de 17 anos, sendo três anos de carência e 14 anos de amortização. Antes, o empreendimento havia garantido financiamento direto de US$ 147 milhões e indireto de US$ 180 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em fase final de contratação.

Exigências cumpridas

As obras de construção da planta foram iniciadas em julho do ano passado. Apesar da polêmica em torno da usina pelo uso de carvão mineral para gerar energia, as duas empresas, MPX e EDP Energias do Brasil, garantem que Pecém I utilizará tecnologia de queima limpa do combustível, cumprindo as exigências da legislação brasileira e de organismos internacionais.

Os parâmetros de segurança ambiental da UTE Pecém serão monitorizados, de maneira semelhante ao que acontece em Sines, na região do Alentejo, onde está a Central Térmica da EDP de Portugal. As emissões de CO² serão relativamente metade do que a térmica de Sines libera na atmosfera por unidade de produção.

O carvão que alimentará a usina do Pecém deverá vir 100% da Colômbia, para atingir os parâmetros de liberações ambientais desejados.

 

(Fonte: Diário do Nordeste – Fortaleza – Editoria: Negócios)