Há uma revolução silenciosa na área da logística de transporte. Enxergada pelo presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Antonio Balhmann, essa revolução começa a beneficiar a economia cearense. Ele revela que, nos últimos três anos, têm crescido em progressão geométrica as exportações de carne pelo porto cearense do Pecém. ´É carne que vem dos frigoríficos do Pará, de Tocantins e de Goiás´, explica Balhmann, que alarga seu otimismo: ´E olhe que nossas estradas federais têm ainda condição precária de tráfego. E repare que a Ferrovia Transnordestina ainda está longe de ser concluída. Mas imagine o que vai acontecer aqui quando as rodovias federais tiverem sido recuperadas e a Transnordestina estiver em operação. Vamos dar um salto´, diz o presidente da Adece. Na sua análise, o porto do Pecém é, do ponto de vista estratégico, ´um diamante sem similar´, uma vez que tem boa profundidade natural, está equidistante da Europa e dos EUA e muito perto do Canal do Panamá, encurtando a navegação para a Ásia. Antonio Balhmann alegra-se com o futuro próximo do porto do Pecém, ´que tem os mais baixos custos de operação do sistema portuário do País e já é a porta de saída da fruticultura brasileira´. Ele acena com outra boa notícia: ´Daqui a muito pouco tempo, teremos no Pecém as primeiras fábricas da nossa ZPE. O futuro é promissor´, diz ele.
Cimento
Aceleram-se as providências burocráticas para o início das obras de construção da fábrica da Companhia de Cimento Apodi, no Complexo Portuário e Industrial do Pecém, onde já opera uma similar do grupo Votorantim. A Apodi escolheu e já está encomendando as máquinas e equipamentos que serão importados da Ásia. Se não houver imprevistos, a fábrica — fruto da associação do empresário Ivens Dias Branco com a Cooperativa das Empresas da Construção Civil do Ceará (Coopercon) — iniciará sua produção até o fim do próximo ano de 2010.
Fonte: (Diário do Nordeste – Coluna: Egídio Serpa)