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Noticia Arquivada

Pecém é geograficamente estratégico

Há duas semanas, o executivo de um grande grupo empresarial brasileiro esteve no Ceará acompanhado de um desejo imenso de investir no Complexo Portuário e Industrial do Pecém. Esse desejo foi exposto à alta direção da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), que se entusiasmou com a possibilidade de sediar, naquela privilegiada área, uma gigantesca indústria, dessas que empregam mais de três mil pessoas. O desejo de um e o entusiasmo do outro foram logo embarcados em um helicóptero que sobrevoou por um par de horas tudo o que o Pecém já tem implantado — um porto ´off shore´ em expansão, três termelétricas — uma em construção e duas praticamente inoperantes — , três indústrias, sendo uma de cimento, e vastos terrenos reservados para os denominados projetos estruturantes, como a refinaria de petróleo e a siderúrgica. À noite, jantando em Fortaleza com dois convidados, o executivo emitiu sua opinião a respeito do que vira: ´É preciso dar vida ao Pecém. Como está, parece um deserto´. Apesar deste comentário, ele manteve o interesse de sua empresa pelo Pecém: ´É geograficamente estratégico. O porto é bom, moderno, rápido na carga e na descarga. Isto nos atrai para cá, mas é preciso acelerar a vinda de mais indústrias´. Além do Ceará, disputam esse grande projeto os estados de Goiás e do Espírito Santo, que estão muito longe da Europa e dos EUA.

 

Fonte: (Diário do Nordeste – Coluna: Egídio Serpa)

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