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Pecém – CE entrega proposta para a ZPE

O novo projeto da Zona de Processamento de Exportação do Ceará foi entregue ontem para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O governador Cid Gomes foi a Brasília para entregar pessoalmente a Proposta de Relocalização da ZPE do Estado, que solicita a transferência de Maracanaú, cuja autorização para implantação foi dada em 1988 e ainda está em vigor, para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém. O POVO teve acesso ao documento que revela que serão investidos R$ 6 milhões em projetos e em obras de infraestrutura.

A proposta do Estado será submetida ao Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), presidido pelo ministro Miguel Jorge. “O encontro com o ministro foi muito bom. Ele confirmou que segunda-feira, 6, o presidente Lula vai regulamentar a legislação básica da ZPE e garantiu que vai analisar o pleito do Ceará o mais rápido possível”, conta o diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Eduardo Diogo.

Segundo ele, o Estado ficará responsável pelas obras de infraestrutura e da criação da empresa administradora da ZPE. “A administração pode ser 100% pública, 100% privada ou mista. A ideia inicial é que o Estado tenha participação junto com empresas. Isso significa que os R$ 6 milhões de investimento para o primeiro módulo de 500 hectares vai ficar a cargo dessa empresa”, explica Eduardo Diogo.

Aprovada essa relocalização da ZPE do Ceará, o Governo do Estado vai intensificar a prospecção de empresas, como afirma o presidente da Adece, Antônio Balhmann. “Já tem empresas de várias áreas interessadas. Tem na área de alimentos, de frutas e de carnes. Estamos aguardando algumas empresas que vêm do Centro-Oeste para beneficiar a carne aqui. Há também empresas estrangeiras de alimentos que estão sendo atraídas pelo casamento da ZPE com o projeto de fiscalização e inspeção de produtos. Isso vai permitir que os produtos saídos do Pecém entrem direto nos Estados Unidos, ou seja, em vez de ter inspeção nos contêineres aqui e lá, são inspecionados só aqui porque já sai com padrão deles”, acrescenta Antônio Balhmann.

 

(Fonte: Jornal O POVO – Fortaleza – Editoria: Economia)