Ir para o conteúdo
Noticia Arquivada

Obras começam em janeiro de 2010

Projeto, no Pecém, elevará renda média da população em até 8 vezes (Foto: Edimar Soares)

A implantação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) vai significar um incremento de 12% no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e 48% do seu PIB industrial. O empreendimento, que vai gerar 15 mil empregos diretos na fase de construção e quatro mil na fase de operação, também deve aumentar de seis a oito vezes a renda média da população dos municípios do entorno do Complexo Industrial e Portuário do Pecém. As informações fazem parte de um estudo encomendado pela CSP e realizado pela empresa Phorum Consultoria.

Ontem, representantes do Governo do Estado e das empresas participantes do consórcio da siderúrgica, Vale e Dongkuk, se reuniram no Palácio Iracema para conhecer o impacto econômico que o empreendimento deve trazer para o Estado e para definir a data de assinatura do Protocolo de Instalação, que devia ser no próximo dia 16, mas foi desmarcado por causa das agendas dos executivos das duas empresas. “O Protocolo será assinado no dia 14 de maio e as obras começam em janeiro de 2010 com a terraplanagem”, informa o diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Eduardo Diogo.

De acordo com ele, a instalação da CSP terá três fases: de realização dos projetos, até o fim deste ano, de implantação, de 2010 até metade de 2013, e de operação, agendada para o segundo semestre de 2013. “Este ano, após a assinatura do Protocolo, serão feitos o levantamento topográfico, a sondagem do resto da área e o projeto”, completa o secretário de Infraestrutura do Estado, Adail Fontenele.

A siderúrgica cearense será instalada numa área de 1.000 hectares e vai ter capacidade para produzir seis milhões de placas de aço por ano. A unidade, que estava orçada em US$ 5 bilhões, vai receber US$ 4 bilhões de investimento por causa da queda do preço dos equipamentos, como afirma o diretor da Adece. “Houve uma revisão no valor do investimento porque os equipamentos ficaram mais baratos. Esse ajuste de preço é uma janela de oportunidade que se abriu e que é preciso aproveitar”, conclui.

EMAIS

JFE ESTÁ FORA

– De acordo com Eduardo Diogo, da Adece, a empresa japonesa JFE Steel, que teria manifestado interesse em participar do consórcio da CSP, está fora do negócio.

– A CSP terá um termelétrica em sua estrutura capaz de gerar 240 megawatts de energia, sendo que metade disso servirá para alimentar a unidade e outra metade irá para a rede nacional de energia elétrica.

– O Governo do Estado tem cronograma de instalação de empreendimentos até 2014: Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em 2011, exploração da jazida de Itataia em 2012, inauguração da CSP em 2013 e produção de 150 mil barris/dia da refinaria Premium II da Petrobras, em 2014.

– Parte da mão-de-obra especializada para a siderúrgica estará capacitada a partir do ano que vem, com a formatura da primeira turma do curso de Engenharia Metalúrgica.

– Já o Centro de Treinamento Técnico Corporativo, que será construído pelo Estado no Porto do Pecém, ficará pronto em 2010.

(Fonte: O POVO – Fortaleza – Editoria: Economia)