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Navio regaseificador realiza nova operação

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Golar Spirit: o navio realizou o repasse de gás natural durante três dias na semana passada para operações de teste nas usinas termelétricas (Foto: Kid Júnior)

O Terminal de Regaseificação de GNL do Pecém, que realizou a sua primeira carga entre os dias 18 e 26 de janeiro (seis meses após o inicialmente previsto), voltou a realizar a operação na semana passada. O processo de gaseificação associado ao despacho de geração térmica foi realizado, por três dias, para testes, segundo informou fonte diretamente ligada ao setor.

Para realizar a operação, a Petrobras declarou, já no período da Semana Santa, inflexibilidade térmica ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A inflexibilidade é a geração térmica mínima para conservação das unidades geradoras e a declaração é necessária para que o despacho possa ser realizado.

O terminal, entretanto, não deverá repassar o gás às para a geração das térmicas TermoFortaleza e TermoCeará no curto prazo, já que a fonte térmica só é despachada pelo ONS quando o nível dos reservatórios não permite o abastecimento necessário por energia hidráulica. Apesar de estar se aproximando o período seco, que começa em maio, os reservatórios estão cheios e será usada a água estocada. Atualmente, o preço da energia hidráulica no Nordeste está em torno de R$ 20 por megawatt/hora (MWh), enquanto que o da térmica a gás está, na região, por R$ 80 o MWh, relação que inviabiliza a utilização desta fonte.

Golar Spirit

A regaseificação no Terminal Portuário do Pecém é realizada através do navio Golar Spirit, primeiro no mundo convertido para armazenar e regaseificar GNL (gás natural liqüefeito) a bordo. Durante o fim-de-semana retrasado, a embarcação recebeu a carga de um navio supridor. Procurada pelo Diário do Nordeste desde o último dia 18, a Petrobras não deu nenhuma resposta, como por que razão foi realizada a operação de testes, nem quanto do gás foi repassado.

No seu primeiro despacho, o Golar repassou gás para a TermoCeará, pertencente à Petrobras, e a TermoFortaleza, do grupo Endesa, que geraram 105 MW e 162 MW médios, respectivamente. A primeira usina possui capacidade de produzir 220 MW, consumindo 1,4 milhão de m³/dia; e a segunda unidade, 346 MW, com 1,55 milhão de m³/dia.

(Fonte: Diário do Nordeste – Editoria: Negócios)