A data, comemorada neste 25 de maio, traz histórias contadas por profissionais moradores da região do Pecém, que foi transformada com a chegada de indústrias
Um dos principais objetivos da Zona de Processamento de Exportação – ZPE Ceará, que faz parte do Complexo do Complexo do Pecém, é gerar desenvolvimento econômico e social, principalmente, para os municípios de São Gonçalo do Amarante (SGA), Caucaia e adjacências, onde o equipamento foi instalado.
Concebida com foco na atração de empreendimentos, geração de emprego e renda, a ZPE Ceará, desde o início de sua operação em 2013, trouxe resultados significativos mudando o cenário industrial do Ceará. Por isso, nesta segunda-feira, 25 de maio, comemora como um dos principais atores na evolução da história do setor no Estado, o Dia da Indústria no Brasil.
A ZPE cearense, com três empresas instaladas (Companhia Siderúrgica do Pecém – CSP, a Phoenix do Pecém e a White Martins), beneficia cerca de 25 mil pessoas diretamente e indiretamente com os empregos gerados, e tem mudado a vida de muitos moradores da região.
É o caso da Bruna Souza (24), administradora e que trabalha desde 2015 na empresa Phoenix do Pecém. A jovem, de São Gonçalo do Amarante, lembra que, quando mais jovem, não imaginava que um empreendimento como o Complexo do Pecém, um dia, se tornaria realidade. “Consegui aqui meu primeiro emprego, ainda em 2013, na época da construção da siderúrgica. Nesse tempo, entrei e terminei a minha faculdade. Quando a obra da CSP terminou, eu soube de vagas para empresas que iam se instalar na ZPE. Participei da seleção e estou aqui até hoje”, declara. A Phonenix do Pecém, empresa de tratamento e reciclagem de produtos de siderúrgicos, possui, em seu quadro seu quadro de funcionários, 87% de colaboradores da região.
Outro beneficiado com a chegada das indústrias na região foi Carlos Eduardo Ferreira Lopes (20). Morador da Taíba, começou na CSP como Jovem Aprendiz e, ao fim do programa que durou sete (7) meses, foi contratado. “Meu pai sempre disse para eu correr atrás dos meus sonhos e, quando eu entrei na CSP, percebi que a siderúrgia é a minha paixão”, pontua. Segundo Carlos, que agora atua como Operador II na parte de sinterização do processo produtivo das placas de aço, sua vida mudou depois que entrou na empresa, “Sou de uma família humilde e fazer parte da CSP me ajudou muito, hoje tenho estabilidade financeira e consigo ajudar a minha família”, diz satisfeito.
Dianny Moura (26) também viu sua vida mudar com o início da operação da ZPE Ceará. Entrou na empresa administradora da zona de processamento de exportação como auxiliar de serviços gerais e agora trabalha no Setor Financeiro da empresa. “Eu já fazia faculdade, mesmo não sendo na minha área, me agarrei à ideia de que tinha que acreditar nos meus sonhos. As pessoas dentro da ZPE sabiam que eu fazia faculdade e, quando surgiu a vaga, eles me deram a oportunidade”, conta a estudante do quarto (4º) semestre do curso de Administração. Dianny, que mora no Paracuru, se sente feliz com a oportunidade de prosperar profissionalmente e continuar morando onde nasceu e mora com os pais. “A ZPE Ceará está me realizando profissionalmente e na minha vida pessoal, principalmente porque eu não precisei sair de casa para trabalhar e amadurecer. Todo dia eu volto. Sou muito feliz em estar aqui, trabalhar na área que eu escolhi e fazer parte dessa história”, finaliza Moura.
ZPE Ceará
A ZPE cearense é a única ZPE autorizada e em operação no Brasil há sete anos. Com sua localização estratégica, tem atraído, junto com a infraestrutura oferecida no Complexo do Pecém, que também contempla o Porto do Pecém e a área industrial, investimentos para o Ceará. Em 2019, a ZPE Ceará ultrapassou 12 milhões de toneladas movimentadas.
Texto: Luíza Dantas