Ainda que em ritmo lento, o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) vai se transformado naquilo a que foi planejado. Até então, somente com a fábrica de aerogeradores Wobben Windpower e com a recém-inaugurada indústria de nutrientes animais da Tortuga, a área, agora, conta com mais uma grande empresa em operação: a Votorantim Cimentos. Depois de um investimento de R$ 50 milhões, a nova unidade da empresa, que é líder do mercado nacional de cimentos, está operando com 80% de sua capacidade, e a expectativa é de, até o fim do ano, elevar a produção a 100%.
A unidade do Pecém é uma moagem com capacidade para produzir 220 mil toneladas/ano de cimento e 120 mil toneladas anuais de argamassa. Essa produção será destinada ao mercado da Região Metropolitana de Fortaleza. Com isso, a atual fábrica da Votorantim, localizada em Sobral e que atendia a esse mercado, irá focar as suas vendas no interior cearense e nos estados do Maranhão e Piauí. Enquanto a fábrica sobralense se destina ao mercado tipo ´formiguinha´, como é chamado no setor as vendas de sacas de cimento ao consumidor final, as vendas da unidade de Pecém será para a as concreteiras.
De acordo com o gerente da moagem, Marcelo Monteiro, a unidade já estava em funcionamento desde julho do ano passado, mas vinha operando somente em fase de teste. Somente agora, a fábrica entrou oficialmente em operação. Entre diretos e indiretos, a moagem está gerando 300 empregos.
Segundo explica Monteiro, a nova unidade, cuja instalação já havia sido antecipada pelo Diário do Nordeste em 10/8/2007, é diferente da existente em Sobral. Sendo uma moagem, a unidade não possui fornos para realizar o processo de mineração, produzindo do minério o chamado clínquer, que é a matéria-prima para a produção do cimento.
A moagem do Pecém irá contribuir para os planos do grupo de incrementar de 30% na capacidade de produção da empresa, que passará de 25 milhões para 33 milhões de toneladas de cimento/ano até 2010, quando serão investidos R$ 1,7 bilhão no País. Além desta, a Votorantim também está inaugurando a moagem de Aratu, no Estado da Bahia, que tem capacidade para produzir 320 mil toneladas/ano de cimento.
De acordo com a empresa, o investimento nestas unidades é para adequar-se ao crescimento da demanda do setor da construção por produtos industrializados, mais eficientes e que promovam a racionalização da obra. A produção de argamassas geraria, à empresa, ganhos em qualidade e em tempo.
Fonte: (Diário do Nordeste – Editoria: Negócios)