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Notícia

Governo do Ceará e empresa chinesa assinam memorando de entendimento para desenvolvimento de energia renovável

 

Com um grande potencial local para geração de energia renovável, o Governo do Ceará assinou, nesta sexta-feira (22), um memorando de entendimento (MoU) com a empresa CGN Brasil Energia (CGNBE), do Grupo CGN, um dos maiores da China, para a colaboração no desenvolvimento de empreendimentos de energia solar e eólica e da cadeia de hidrogênio verde – o 41º com esta matriz. A ação ocorreu no Palácio da Abolição, em Fortaleza.

O governador Elmano de Freitas enfatizou a importância do momento, principalmente com a retomada das relações internacionais do Brasil com a China, e com os grandes investimentos que têm ocorrido no Ceará em relação à produção de energia renovável. “O Ceará fica muito feliz com os investimentos que a empresa já tem em nosso território, especialmente por ser em uma área muito estratégica para o nosso estado, que é a área de energia renovável. Esse memorando que assinamos é muito importante para a consolidação do nosso estado na produção de energia renovável”, pontuou.

Considero muito importante a reunião ocorrida entre o presidente Lula e o Xi Jinping, na qual se discutiu criarmos seis grupos de trabalho do Governo Brasileiro e do Governo da República Popular da China. Entre esses grupos está um de infraestrutura e investimentos da China no Brasil. Então temos muitas possibilidades de parceria”, informou o governador. “Essa retomada diplomática trará bons frutos e essa ação da CGN no Ceará é mais um passo para consolidar o processo de produção de energia renovável no estado e no Brasil”, complementou.

O memorando assinado tem como objetivo o desenvolvimento do projeto eólico offshore com capacidade instalada de 1.000 MW localizado na região costeira do estado do Ceará. O projeto será desenvolvido em fases, tendo a previsão de início dos estudos ainda este ano. Além disso, o documento também destaca o desenvolvimento de projetos solares e/ou eólicos no Ceará com capacidade instalada de até 400 MW. Em conjunto com o projeto solar e/ou eólico, a CGNBE pretende desenvolver uma planta piloto de hidrogênio verde.

Presente para a assinatura do MoU, o CEO e presidente da CGNBE, Yao Zhigang, agradeceu o empenho do Estado para fazer esse momento possível. “Agradeço todo o apoio para estarmos aqui discutindo esse memorando tão importante, que fala sobre produção de energia offshore e hidrogênio verde. Durante as reuniões do G20 tivemos a oportunidade de falar sobre o Projeto Lagoinha e assim conhecer o Ceará, e isso levou a outras empresas a verem como o Ceará é rico em recursos naturais”, comentou o CEO.

Outra finalidade do MoU é a implantação do projeto solar fotovoltaico citado pelo CEO, chamado Lagoinha, com capacidade instalada de 194MWp, que ficará localizado no município de Russas. O projeto demandará investimentos da ordem de R$ 650 milhões, empregando cerca de 900 colaboradores diretos e indiretos em todas as etapas da sua construção, além da possibilidade de outros novos projetos de escala, cujos investimentos e empregos serão proporcionais aos empreendimentos.

A empresa chinesa é um grupo estatal considerado a maior companhia de energia nuclear da China e a terceira maior do mundo. “Nosso grupo é um dos líderes mundiais em energia limpa. Estamos entre as maiores do mundo. Ao mesmo tempo que produzimos energia limpa, geramos receitas fiscais para a comunidade local”, concluiu.

Feliz com o fortalecimento dessa parceria, o presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), Hugo Figueirêdo, comemorou a assinatura. “É uma satisfação participar de mais esse momento. A CGN, além de já ter instalado um parque solar no Ceará, ela também já usa os serviços do Porto do Pecém para a instalação de outros parques eólicos e solares no Nordeste. Essa é uma parceria que já vem avançando e avançará cada vez mais”, finalizou.

Além dos citados, também participaram da reunião o secretário de Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho; a secretária de Relações Internacionais, Roseane Medeiros; o secretário da Fazenda, Fabrizio Santos; e outras autoridades.

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