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Notícia

Entre a paternidade e plantões

A paternidade é, com certeza, a maior mudança na vida de um homem. Quando uma criança nasce, com ela vem a insegurança, o medo, a mudança de hábitos e, também, a certeza de uma companhia para a vida inteira. Virar pai significa renascimento: é a chance de um homem se redescobrir dentro desse novo mundo, que é criar e educar uma criança.

Letícia e Angelo

No quadro de colaboradores do Complexo do Pecém, acompanhamos a rotina corrida de muitos homens que buscam conciliar a paternidade e carreira profissional. Ângelo Modolo, engenheiro plantonista do Porto do Pecém, é um deles. Ao descobrir que a “Lelê”, como chama carinhosamente sua filha Letícia, estava a caminho, ele ficou em êxtase e logo começou a traçar planos, pensar no projeto do quarto e nas roupas da bebê.  

Apesar de não ter muita habilidade com crianças, ele conta que cuidar da Letícia aconteceu de forma natural. “Eu a colocava para dormir, trocava fraldas, dava banho tranquilamente. Costumo até dizer que parece que ela veio com um manual de instruções”, diz Ângelo.

Paternidade e a vida de portuário

O horário de trabalho do engenheiro é um pouco diferente dos outros colaboradores do Porto do Pecém. Ângelo trabalha em dias alternados, então reservou suas folgas para ficar com a filha.  Atualmente, a Lelê está morando no Interior, mas ele se esforça ao máximo para manter um convívio de qualidade e amor entre eles. “Eu passo fins de semana alternados com ela, então articulo as trocas de plantão com meus colegas, para poder folgar nos dias em que ela estará comigo”, compartilha Ângelo.

Para Ângelo, é difícil falar apenas de um programa predileto com a filha, pois todos os momentos são especiais, mas o apreciador de faróis fala com carinho de uma visita feita ao antigo Farol do Mucuripe, antes de o mesmo ser interditado. “Ela chamava o local de ‘castelinho do mar’. Quando chegamos, foi uma empolgação só. Ela pulou, dançou. Foi um momento de muito aprendizado”, relembra.

O engenheiro conta que sempre aprende algo novo a cada visita da filha, mas naquele momento, em especial, compreendeu como é importante viver o agora. “Fiquei pensando em como a gente às vezes deixa as coisas para depois e perdemos a chance de viver algo que não volta mais. Fiquei feliz por ter vivenciado isso, ter proporcionado essa lembrança a ela”, finaliza.

Pai de dois

Djonnes Farias divide suas atividades na ZPE Ceará e a paternidade há nove anos. O supervisor de operações segue o plantão 12×36, ou seja, dia sim, dia não, ele está longe dos filhos. O pai do Miguel e do Joaquim lembra que sempre sonhou em ser pai e, quando recebeu a notícia do nascimento de seu primeiro filho, sentiu um misto de emoções.

“Eu ainda estava terminando minha primeira graduação e senti muito medo, pois não sabia o que aconteceria. Mas fiquei muito feliz com a notícia”, lembra Djonnes. O nascimento do segundo filho também foi uma surpresa. Isso porque, quinze anos depois, ele recebeu a notícia que seria pai novamente.

“Eu fiquei muito animado quando soube, mas dessa vez senti um medo diferente, pois a diferença de idade entre os dois é muito grande, então eu não sabia como seria, mas tinha certeza do grande desafio”, compartilha.

Djonnes, Miguel e Joaquim

Aproveitando todos os momentos

Apesar da rotina puxada, Djonnes busca viver momentos produtivos com seus filhos. Com Miguel, ele joga futebol e gosta de conversar. Com o mais novo, Joaquim, o programa favorito é passear na praça.

“Eu costumo fazer coisas diferentes com cada um, mas tento dedicar todo o meu tempo livre a eles. Miguel e Joaquim são o que eu tenho de mais valioso na minha vida”, finaliza Djonnes.

Homenagem do Complexo do Pecém

Neste ano, os papais colaboradores do Complexo do Pecém foram presenteados com bolsas térmicas personalizadas. A entrega das lembranças foi um momento animado e de muita emoção entre os colaboradores. Confira!