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Noticia Arquivada

Empresa dos EUA define área de implantação

Transformar o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) num porto concentrador e distribuidor de carga, com direito a indústrias de processamento, câmaras frigoríficas, terminais intermodais e alimentação por meio de energia eólica. Essa é a intenção do Governo do Ceará, que esteve reunido com executivos da norte-americana Cargo Ventures, para definir a localização do empreendimento.

Mas o projeto, que já passou por outras três visitas do grupo ao Ceará e uma do governador Cid Gomes e do diretor da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Antonio Balhmann, aos Estados Unidos, ainda está na fase de definição de alguns pontos importantes. Um deles é a avaliação da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) sobre as condições da área para instalação do projeto. Os outros pontos passam por questões estruturais como implantação da área alfandegária, e a dúvida se as indústrias serão incorporadas à Zona de Processamento de Exportação (ZPE), também prevista para ser instalada no Pecém.

Além do diretor da Cargo Venture, Jake Citrin – que apresentou os dois projetos e expôs as projeções das exportações mundiais a curto, médio e longo prazos -, esteve presente ao encontro o ex-subsecretário de Estado dos Estados Unidos, Roger Noriega, que atualmente atua como consultor de empresas privadas. Para ele, a posição do Ceará é importante num momento de “turbulência econômica”. “Essa é uma região muito atraente, principalmente por causa da liderança do governador Cid Gomes, em termos de transparência e abordagem que ele está utilizando com investidores internacionais”, declarou Noriega cumprindo papel de intermediário nas negociações.

Foco
Segundo Antônio Balhmann a estratégia do Governo é garantir que o Brasil tenha um porto de grande calado e proximidade com o mercado norte-americano. “Que agora se abre para o Ceará em função de alguns eventos recentes, como a queda das barreiras fitossanitárias para frutas cearenses, especialmente o melão”, explicou.

Para o presidente da Adece, o outro fator seria a disposição de uma logística moderna com navios de grande porte. “Assim o fluxo de mercadorias dos EUA para o Brasil viria pelo Porto do Pecém e a partir daqui seria distribuído por cabotagem ou outro modal de transporte. A proposta é audaciosa e pressupõe um centro de distribuição intermodal equivalente aos mais modernos do mundo”, afirma.

Antônio Balhmann acredita, ainda, que esse projeto pode fazer com que o Ceará se potencialize como importante exportador para os EUA. “Potencializa também nossa futura ZPE, porque muitas empresa americanas – já que esse é um papel que a Cargo Venture vai desenvolver com um conjunto de empresas – buscam um porto concentrador”, conclui.

 

(Fonte: Jornal O POVO – Fortaleza -Edutoria: Negócios)