Em encontro articulado pelo Governo do Ceará, a empresa australiana Fortescue Future Industries, subsidiária da Fortescue Metals Group, apresentou, na manhã dessa quarta-feira (19), os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para licenciar a produção de Hidrogênio Verde no Estado do Ceará.
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O projeto a ser instalado no Complexo do Pecém é o primeiro da empresa com os estudos EIARIMA no mundo, frisou Gianpaola Ciniglio, gerente do Meio Ambiente da empresa. A iniciativa tem como objetivo utilizar a vasta capacidade de energia solar e eólica do Ceará para a produção sustentável de hidrogênio verde, contribuindo para a transição energética e a redução das emissões de carbono. A apresentação dos estudos é um marco significativo para a indústria de hidrogênio verde no Ceará.
A ação faz parte do Memorando de Entendimentos (MoU) assinado entre o Governo do Estado do Ceará e Fortescue, no dia 7 de julho de 2021, e tem como objetivo o desenvolvimento do hub de hidrogênio verde no Ceará. Durante o encontro, o CEO da empresa, Luis Viga, ressaltou que, na audiência com o Governador do Estado Elmano de Freitas prevista para sexta-feira (21), apresentará os próximos passos da empresa sobre o projeto e reforçará a necessidade da atuação do Governo Federal para viabilizar o HUB de Hidrogênio Verde no Brasil.
O projeto será implantado em três fases em uma área de 100 hectares e com expectativa de empregar mais de 5 mil pessoas na construção do empreendimento. O investimento será na ordem de R$ 20 bilhões e produzirá 837 toneladas de hidrogênio verde/dia. A Fortescue apresentou o cronograma geral do licenciamento, enfatizando que a Audiência Pública está marcada para o dia 2 de agosto de 2023 e a reunião com o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema) está prevista para setembro. A análise do estudo está em processo e a vistoria da Semace e será em 31 de julho de 2023, reforçou a diretora de Controle e Proteção Ambiental da Semace, Emanuelle Leitão.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um levantamento técnico de todos os possíveis impactos ambientais que possam ser gerados por empreendimentos ou atividades que apresentem potencial de degradar o meio ambiente, ou que sejam efetivamente degradantes. Além de levantar os potenciais impactos negativos, o EIA tem a função de propor medidas para impedir ou mitigar tais impactos. O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) deve apresentar as conclusões obtidas através do EIA para o público em geral. Ele deve trazer os impactos possíveis do empreendimento ou atividade, as medidas miƟgadoras que devem ser tomadas e o plano de monitoramento desenvolvido.
Participaram da apresentação, por parte do Governo do Ceará, a secretária Executiva de Atração de Investimentos, Recursos Externos e Inteligência Comercial, Ludmilla Campos, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho, o secretário Executivo de Regionalização e Modernização da Casa Civil, Célio Fernando, o secretário Executivo de Planejamento e Gestão Interna da SEMA, Gustavo Vicentino, o secretário Executivo da Indústria, Joaquim Rolim, a diretora de Controle e Proteção Ambiental, Emanuelle Leitão, a vice-presidente Financeiro do CIPP, Rebeca Oliveira, e o coordenador de Atração de Investimentos da Secretaria das Relações Internacionais, Alberto Antunes. Da parte da Fortescue, participaram o CEO, Luis Viga, o gerente Regional de Relações Governamentais, Sebastian Delgui, a gerente do Meio Ambiente, Gianpaola Ciniglio, e equipe técnica e comunicação.