Sentir o cheiro inconfundível de páginas novinhas, grifar aquele trecho marcante, ou até emprestar um exemplar preferido para algum amigo. Somente quem é apaixonado por leitura sabe o quanto esses pequenos momentos são especiais. Assim, para comemorar o Dia Mundial do Livro, celebrado nesta sexta-feira, 23 de abril, conversamos com alguns colaboradores do Complexo do Pecém para conhecer um pouco sobre suas respectivas experiências com o hábito da leitura.
Rhadassa Feitosa, advogada da ZPE Ceará, conta que a leitura foi cultivada desde a infância e teve grande influência na mulher que se tornou. “Ler te ajuda a sair da bolha que você está inserido. Você se torna uma pessoa mais interessante, pois adquire uma cultura que a torna muito mais preparada para encarar os desafios da vida. Nada é melhor do que adquirir novos conhecimentos e sentir sua evolução contínua”, declara.
Ainda segundo Rhadassa, a leitura faz com que ela se desconecte do mundo e embarque nas histórias escolhidas. Apaixonada por todos os tipos de literatura, a advogada não esconde sua preferência por dois autores: o colombiano Gabriel García Marquez e escritor russo Fiódor Dostoievski.
“Não consigo escolher entre um deles, pois os dois são fantásticos. Gabo (como é conhecido García Marquez) tem uma escrita surreal, que te transporta para o mundo do realismo mágico. Já Dostoiévski tem uma suprema capacidade de colocar em palavras todas as angustias psicológicas do ser humano, não é à toa que Freud utilizava seus livros como estudos de caso”, conta.
ENTRETENIMENTO QUE RELAXA
Quando questionada por outros sobre como consegue ler depois de um dia exaustivo de trabalho, Rhadassa diz que vê a leitura como seu entretenimento. “Me sinto altamente relaxada e sempre muito bem acompanhada com meus livros“, ressalta. Ela conta que lê, em média, dois livros por mês, mas não há uma regra. “Eu também não me cobro para terminar uma leitura, vou no tempo que achar necessário para ser algo prazeroso“, complementa. Atualmente, ela possui um acervo com mais de 200 livros físicos e outros 30 digitais.
Segundo Rhadassa, seus momentos de leitura lhe renderam grandes descobertas, de histórias e autores. Com o tempo, ela sentiu necessidade de compartilhar isso com outras pessoas e criou o perfil no Instagram “Bendito seja o livro” (@benditosejaolivro). A advogada utiliza a plataforma para conversar com outras pessoas sobre obras, além de tentar incentivar a pratica. “A leitura não faz parte do dia a dia dos brasileiros, não está presente nas rodas de conversa. Talvez eu consiga influenciar mais pessoas a começarem a ler”, diz.
DE PAI PARA FILHO
Alcion Lima também gosta de ler. O colaborador, que faz parte do time comercial do Complexo do Pecém, recorda que os melhores momentos de sua infância estão relacionados a leitura. “Sempre liamos juntos, eu, meus irmãos, primos e outros parentes. As histórias lidas me faziam desenhar os heróis, os personagens“, relata. Hoje, Alcion prefere livros cristãos e cita ‘Deus está no Controle’, do autor de Max Lucado, como um de seus preferidos.
Pai de dois, ele conta que tenta passar a prática para os filhos, pois, conforme diz, a leitura traz mais qualidade de vida, estimula o pensamento criativo e desenvolve inúmeras habilidades. “A Júlia agora tem 18 anos e influenciei desde pequena. Agora, estou mostrando ao Theo que a leitura, além das tecnologias e mídias, também é uma forma de diversão“, destaca. Ao lado da esposa, todos os dias Alcion lê algo para o filho. “Ele ama as histórias da Bíblia, principalmente Davi e Golias, mas também gosta da história do Pequeno Príncipe“, destaca.
Para Alcion, ler traz muitos benefícios para a vida pessoal e profissional, principalmente se o hábito for cultivado cedo. “Ler trabalha a interação com as pessoas, gera mais facilidade de aprender com outros, pode trazer ganhos de vocabulário, escrita, além de expansão da nossa cultura“, finaliza.
Você sabia que o Complexo possui uma Biblioteca Colaborativa?
Para incentivar a prática da leitura dentro e fora da empresa, o Complexo do Pecém oferece aos seus colaboradores uma Biblioteca Colaborativa, que está localizada na Área de Convivência do prédio administrativo do Porto. O projeto visa, segundo o gerente de Gestão de Pessoas do Complexo, Cláudio Machado, além de estimular a leitura, promover a troca de conhecimento e criar um espaço coletivo de aprendizagem para seus colaboradores.
Cláudio ressalta que não existe um controle de entrada e saída de livros. Os colaboradores interessados podem se dirigir até a biblioteca, escolher o livro de sua preferência e, após finalizar a leitura, devolver para que outras pessoas tenham a oportunidade de aprenderem também. Para doar, também é simples: basta colocar os livros na estante. Quanto mais obras, mais interessante ficará a Biblioteca Colaborativa.
Gabrielly Barros, que trabalha na ouvidoria do Complexo do Pecém, ficou empolgada com a novidade. “Acho muito importante incentivar a prática. Eu sempre li, era uma leitora assídua, mas no último ano acabei deixando um pouco de lado essa prática. Acho que a biblioteca colaborativa pode até ser uma forma de me ajudar a voltar a ler como eu costumava“, comenta.
