Desenhar faz parte da vida de Carlos Roosevelt, colaborador do Complexo do Pecém. Os desenhos expostos em sua ilha de trabalho no setor de Gestão de Pessoas da empresa revelam seu talento pela prática e despertam a atenção de todos que passam por lá, não somente pelos traços bem feitos, mas também pela história por trás de cada figura escolhida para ficar à vista de todos.
Os desenhos de Roosevelt contam um pouco de sua história de vida. O colaborador lembra que começou a desenhar quando pequeno, copiando outras figuras com o auxílio de folhas de papel carbono que a mãe levava para ele. Hoje, apesar de utilizar o hobby para desenhar tudo, ele ressalta a sua paixão em produzir pessoas no estilo anime (animações japonesas) e cita o artista japonês Shingo Araki, conhecido mundialmente por seu trabalho em Cavaleiros do Zodíaco, como seu predileto.
Carlos, que nunca fez curso de desenho na vida, revela que gosta de reproduzir os locais em que costuma frequentar e as pessoas que estão nele. “Quando eu fazia faculdade, em uma aula sobre história da África eu fiz o desenho do professor e meus colegas viram. Pediram para entregá-lo e ele gostou, ainda bem”, lembra. No setor em que trabalha, quase todos os seus colegas já foram reproduzidos por Carlos.
A família é sua maior fonte de inspiração, principalmente sua esposa, que, segundo Carlos, além de ser reproduzida em muitos de seus desenhos, ainda registra e guarda toda sua produção artística. “O meu desenho favorito é o do meu filho Heitor. Fiz até uma camisa para mim”, finaliza o colaborador.
Herança de família
O dom para desenho foi herdado do avô, que era arquiteto, conta Nuziana Lopes, colaboradora do Complexo do Pecém. Além dela, seu irmão, Wesley, também compartilha da paixão pela arte. Incentivada pelos pais a investir no talento, quando criança não tinha condições financeiras de fazer cursos, então a jovem tentou se aperfeiçoar utilizando revistas que comprava nas bancas.
Nuziana revela que tinha vergonha de suas produções e, somente quando adulta, conseguiu mostrar seus desenhos a outras pessoas. “Agora, além de mostrar meus desenhos, eu também presenteio amigos com eles”, afirma.
Para ela, o desenho sempre funcionou como uma fonte de equilíbrio. “Eu me sinto calma e em paz quando estou desenhando. É um momento que me desligo do mundo, dos problemas e das frustações”, declara. Conforme diz, a prática faz parte de sua rotina e vai evoluindo de acordo com as mudanças de sua vida.
Assim como Carlos Roosevelt, Nuziana também gosta de desenhos no estilo anime. “Sempre gostei de desenhar personagens de animes e mangás. Passei um bom tempo desenhando Chibis, que é um subtipo de mangá, onde os personagens têm características infantis para parecerem fofinhos, por exemplo, com corpo pequeno, cabeça enorme, olhos grandes”, explica.
Nuziana revela que Carlos não é somente seu colega de trabalho, mas um de seus maiores incentivadores e, de vez em quando, a dupla faz alguns desenhos juntos. “Ele desenha muito bem e está sempre me lembrando de não deixar de praticar. Carlos também é meu parceiro na arte, às vezes a gente desenha um ao outro, ou ele desenha e eu faço a pintura final da arte”, relata.
Fonte de inspiração
Ainda segundo Nuziana, seu irmão, Wesley, foi sua maior fonte de inspiração por muito tempo, mas, após o nascimento de Laura, sua filha, as coisas mudaram. Hoje, a mamãe coruja dedica boa parte de seu tempo para reproduzir personagens dos desenhos animados preferidos da pequena.
De acordo com Nuziana, a filha já demonstra interesse pela arte e seu objetivo é incentivá-la ao máximo. “Às vezes eu chego do trabalho e ela vem com papel e caneta pedindo pra eu desenhar. Quando vejo, já estou com o caderno cheio de desenhos. Ver a alegria dela levando o caderno pra todo canto e a felicidade de ter aquele “amiguinho” ali perto me dá vontade de continuar a desenhar”, diz.
“Eu tenho muitos desenhos especiais para mim. Guardo todos em uma pasta desde 2006, com muito carinho”, conta. Entre suas produções, Nuziana destaca um autorretrato em versão anime feito em 2009. “É um desenho bem especial para mim, pois eu nunca me desenho, normalmente só desenho os outros e dou de presente. Foi uma época bem marcante na minha vida e ter esse desenho guardado me traz muito sobre quem eu sou de verdade”, comenta.
Outro desenho que foi muito especial para a colaboradora produzir foi de sua turma de um curso de espanhol que fez. “Foi uma cobrança só. Éramos muito amigos, mas a experiência de desenhar várias pessoas com personalidades diferentes, num só desenho, foi bem desafiadora. No fim, ficou muito legal”, finaliza a colaboradora.