Sentados todos os dias à mesa, apreciando um bom café da manhã ou utilizando um smartphone, talvez você nunca tenha imaginado como é realizado o processo de logística para que esses produtos cheguem até nós. Por trás de cada xícara tomada, de cada mensagem enviada, estão os trabalhadores portuários que garantem, dia e noite, a realização das operações no Porto do Pecém.
Nesse 28 de janeiro, Dia do Trabalhador Portuário, o terminal cearense conta com mais de 300 colaboradores que são, também, responsáveis pela movimentação de alimentos, calçados, medicamentos, eletrônicos, além de tantos outros produtos que que fazem parte do nosso dia a dia.
Adailton Oliveira, Analista de Desenvolvimento Logístico, é um desses portuários. O engenheiro mecânico, nascido em Russas (CE), conta que nunca imaginou trabalhar num porto. Hoje, com 15 anos de casa, recorda, com carinho e gratidão, seu primeiro dia no Pecém.
“Estava um pouco ansioso. Lembro das orientações e do treinamento feito com bastante paciência pelos engenheiros que já estavam desde o início trabalhando no porto. Agradeço a todos que me ajudaram e continuam a me apoiar”. O engenheiro faz questão de deixar registrado que amor e dedicação são características indispensáveis à um bom trabalhador portuário. Ele aproveita, ainda, para dar um conselho a todos que sonham em atuar, um dia, no setor portuário: “Estudem, estabeleçam alvos e se concentrem neles, assim vocês serão bem-sucedidos”.
Mais experiente, Adailton se sente satisfeito em fazer parte dessa história e, principalmente, por colaborar com o progresso do Complexo do Pecém. “É emocionante fazer parte dessa grande estrutura. Ajudar no crescimento de um gerador de oportunidades que é o Porto do Pecém”, finalizou Oliveira.
Doreline dos Santos também tem muita história para contar. Nascida no distrito do Pecém, município de São Gonçalo do Amarante, ela completará em 2021 exatos 18 anos de trabalho no terminal cearense. A operadora de logística relata que, quando jovem, ainda estudante, visitou o porto e pensou: “Um dia ainda vou trabalhar aqui”. O sonho virou realidade.
A história de vida da portuária se mistura com a do Complexo do Pecém. Começou como auxiliar de serviços gerais e, ao longo dos anos, aproveitou as oportunidades que surgiram. “Depois que saí do prédio administrativo, fui para a área de Importação e Exportação. Já passei praticamente por todas as áreas da operação”, destaca.
Atualmente, atuando na Câmara Frigorífica do Porto do Pecém, Doreline também auxilia na balança, local em que é realizada a pesagem de cargas que passam pelo porto. “Mas, para mim, não tem tempo ruim, estou sempre pronta para o próximo desafio”, diz a colaboradora que é graduada em Comércio Exterior.
“Foi aqui que me tornei uma mulher mais forte, amadureci, consegui me formar. Além disso, ao longo dos anos, fiz grandes amizades. Estou muito satisfeita com o que faço”, declarou Doreline. Desde 2001, quando o primeiro navio atracou no Porto do Pecém, os trabalhadores portuários exercem um papel fundamental para o bom funcionamento operacional do equipamento. Faça chuva, faça sol, a Suely, o Adailton e tantos outros trabalhadores portuários, seguem contribuindo com o desenvolvimento e a geração de emprego e renda para o Ceará.