Com o objetivo de ampliar o intercâmbio de experiências, melhores práticas e a prospecção de novos negócios internacionais, o Complexo do Pecém (CIPP/SA) assinou na última semana, um Termo de Cooperação com o Porto e Zona Franca de Sohar, localizado em Omã, no Oriente Médio. O acordo prevê a cooperação comercial e técnica entre os terminais industriais e portuários, que têm, ambos, o Porto de Roterdã como um de seus acionistas.
Posicionado entre Muscat e Dubai, em uma das rotas marítimas mais importantes do globo, de frente para o Mar da Arábia, Sohar é um dos portos que mais crescem no mundo, tendo acumulado investimentos superiores a US$ 26 bilhões. “Parcerias internacionais, como essa com o Pecém, nos permite consolidar conhecimentos que nos ajudam a fortalecer e expandir nossa rede portuária mundial, promovendo a competitividade econômica”, disse Mark Geilenkirchen, CEO de Sohar, que assinou o documento de cooperação mútua junto com o vice-presidente de operações do Complexo do Pecém, Cornelis Hulst, em cerimônia on-line.
Na ocasião, Mark reforçou que Sohar tem bastante interesse em aprender a logística utilizada pelo Porto do Pecém para a exportação de alimentos, em especial as frutas, que partem do terminal brasileiro para diversos países ao redor do mundo. Ele lembrou, ainda, que Sohar já possui um forte laço com o Brasil, tendo em vista que é lar de um dos maiores terminais de minério do mundo, construído para as operações da Vale, gigante brasileira da mineração.
“O Brasil é um grande player nas exportações de alimentos, o que faz o Complexo do Pecém ser uma adição muito bem-vinda ao nosso próspero cluster de alimentos. Ao mesmo tempo, ao mostrar o incrível sucesso que a Vale alcançou em Omã nos últimos 10 anos, isso nos permitirá demonstrar às empresas brasileiras as vastas oportunidades que Sohar tem a oferecer”, finaliza Mark.
AMPLIAÇÃO DA CONECTIVIDADE
Para o Presidente do Complexo do Pecém, Danilo Serpa, o relacionamento com o Porto de Roterdã, iniciado em 2018, abriu muitas oportunidades para o Ceará, incluindo a nova parceria com Sohar. Para ele, com esse acordo, a expectativa é de que o Porto do Pecém, que está localizado em posição estratégica entre os Estados Unidos e Europa, também crie uma conectividade importante entre Europa e Ásia, aproveitando assim todo o potencial do Oriente Médio.
“Somos um complexo industrial e portuário pioneiro no Brasil, pois possuímos a única ZPE em operação no País, inclusive exportando placas de aço para mais de vinte países. Sohar está estrategicamente localizado em uma rota de comércio global, que conecta a Europa e a Ásia, e pode nos proporcionar uma conectividade incomparável, ajudando-nos a aproveitar o enorme potencial da região do Oriente Médio. Esperamos conectar Brasil e Omã com os dois portos e assim agregar valor à nossa base de clientes compartilhada, bem como atrair mais investimentos para o Complexo do Pecém”, afirma Danilo Serpa.
Durante a assinatura do Termo de Cooperação, também participaram da cerimônia o Sr. Maia Júnior, secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará; o Sr. Al Khattab Al Maani, representante da Asyad, empresa do governo de Omã que detêm ações de todas as vinculadas do Estado; e o Sr. René Van Der Plas, diretor do Porto de Roterdã, que é acionista do Complexo do Pecém e de Sohar.
“Estamos muito felizes com a assinatura deste Termo de Cooperação mútua, pois acreditamos que ele trará benefícios para todos os envolvidos. Temos muito orgulho do crescimento registrado por Sohar nos últimos anos e queremos replicar esse sucesso no Pecém, que já possui uma cadeia logística bastante privilegiada. Acredito que esse acordo trará uma extensa troca de experiências no setor de alimentos e, também, na ampliação de oportunidades relacionadas à produção do hidrogênio, que é uma prioridade para os próximos anos”, pontua René Van Der Plas.
PRINCIPAIS OBJETIVOS
No geral, o acordo entre Pecém e Sohar permitirá que os complexos industriais e portuários avancem de forma colaborativa suas operações marítimas e logísticas globais, cumprindo uma série de objetivos compartilhados, incluindo a exploração de oportunidades de negócios conjuntas, o intercâmbio de conhecimentos e o desenvolvimento de tecnologias para Hidrogênio Verde (H2V) e outras energias renováveis.