O tamanho da planta e onde será a localização exata da estrutura de armazéns frigoríficos a ser construída no Complexo Industrial e Portuário do Pecém pela empresa americana Cargo Ventures (CV) começam a ser definidos hoje. À tarde, o presidente da companhia, Jake Cetrin, sobrevoará o complexo para analisar o terreno. Antes disso, pela manhã, ele, juntamente com outros executivos da CV, estarão reunidos com o governador Cid Gomes e secretários para discutir o projeto, que pretende transformar o Pecém em um terminal concentrador de cargas no País para o mercado norte-americano.
A central de frios será o primeiro investimento da CV no Ceará e receberá a produção dos setores da fruticultura, floricultura e pesca do Estado e da Região Nordeste. A entrada da empresa, que opera e detém uma zona franca em Miami, abre espaço para um novo mercado para o Ceará, já que há pouco tempo os Estados Unidos derrubaram a barreira fitossanitária que impedia que as frutas daqui entrassem no território norte-americano.
Além deste projeto, ainda está sendo estudado um modal marítimo para a exportação de flores, entre outros planos. De acordo com o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, que também estará presente no encontro, os entendimentos, pelo menos da central de frios, serão fechados até amanhã.
O último compromisso da pauta dos executivos será na Adece, durante a manhã desta quarta-feira, para ´amarrar´ as negociações. Também será definido qual será o valor do investimento, que promete, segundo acredita o governo, revolucionar o perfil das exportações do Estado.
Balhmann e o governador estiveram, em janeiro, visitando a zona franca operada pela empresa e Miami, onde estreitaram as negociações.
Na reunião de hoje, estarão presentes o secretário de infra-estrutura, Adail Fontenele, representantes da Ceará Portos — administradora do Porto do Pecém — e da Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente). O embaixador Roger Noriega, ex-sub-secretário de Estado dos EUA, também participará do encontro. Ele é uma das autoridades mais influentes sobre as relações comerciais entre os EUA e a América Latina e, segundo Balhmann, vem colaborando nas articulações do Ceará com as empresas daquele país.
(Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE – FORTALEZA – Editoria: Negócios)