Pelejar contra adversários politicamente mais fortes é um desafio a que se entregaram o governador do Ceará, Cid Gomes, e o presidente de sua Agência de Desenvolvimento (Adece), Antonio Balhmann. Ambos sustentam, há um ano, conversas com empresas automobilísticas da China, no sentido de atrai-las para o Complexo Portuário e Industrial do Pecém. Há três alvos para os quais ambos apontam seus argumentos de persuasão — a Cherry, que parece haver já optado pelo Rio de Janeiro, a BYD e a JAC. Lutando por estas, estão, além do Ceará, o mesmo Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco. Entre a BYD e a JAC, o interesse cearense concentra-se na primeira. A BYD dedica-se, hoje, à produção de automóveis híbridos, isto é, movidos a gasolina e a baterias elétricas. Trata-se de um projeto na linha do ambientalmente correto, à qual aderiu, com êxito, a japonesa Toyota, cujos carros híbridos já circulam na Europa. Esta coluna está informada de que as conversas entre o Governo do Ceará e a direção da BYD — e também da JAC — prosseguem, da mesma maneira que avançam os entendimentos delas com os cariocas, mineiros, paulistas e pernambucanos. Mas não só de empresas chinesas vive e gira o mundo. Esta coluna pode informar que, neste momento, há, em franco progresso, conversas do presidente da Adece com grandes montadoras de outros cantos do planeta.
Fonte: (Diário do Nordeste – Coluna: Egídio Serpa)