Há uma crise sacudindo o mundo — e o Brasil, também. No Ceará, o Governo do Estado e a iniciativa privada cuidam da crise cada um a seu modo. Há empresas cearenses que, capitalizadas, encaram a crise como uma janela de oportunidade. Aproveitando a queda mundial dos preços, elas investem na modernização e ampliação do seu parque industrial. O Governo do Ceará, com visão empresarial, também enxerga nesta crise a chance de melhorar a infra-estrutura do Estado — e as obras de ampliação do porto do Pecém, que já começaram para estar prontas daqui a dois anos, fazem parte dessa estratégia. Essa infra-estrutura — nela incluída a logística de transporte que no futuro próximo incluirá a Ferrovia Transnordestina — tem sido, digamos assim, o ponto de encantamento de investidores nacionais e estrangeiros. Damian Fiocca, diretor da Vale, esteve aqui há menos de dois meses e disse que o Ceará é um Estado ´com tudo pronto e disponível para atrair grandes investimentos´. Ex-vice-presidente de operações do BNDES, Fiocca sabe o que diz. A chegada da norte-americana Cargo Ventures ao Pecém, onde implantará, neste ano, uma estrutura de armazéns frigorificados, é o início do que a Adece considera ´um novo tempo´ para o Ceará e para o comércio exterior cearense. Um novo tempo que, certamente, começará no mesmo instante em que a atual crise mundial for debelada.
(Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE – FORTALEZA – Egidio Serpa – Editoria: Negócios)