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Noticia Arquivada

Energia Pecém já recebeu R$ 600 mi em investimento

Obras da usina estão em curso: termelétrica terá duas esteiras, ambas de 6 mil metros (Divulgação)

A construção da Usina Termelétrica do Pecém (UTE Pecém), batizada oficialmente de Energia Pecém, está a todo vapor. Após um ano do início das obras, já foram investidos R$ 600 milhões pelo consórcio formado pela brasileira MPX e pela portuguesa EDP Energias do Brasil. O valor representa cerca de 22% do total orçado, US$ 1,2 bilhão, (R$ 2,3 bilhões, na cotação do dólar de ontem – R$ 1,95) na fase do empreendimento em que as duas atuarão juntas.

Para concluir 10% das obras até agora, os recursos foram aplicados em terraplanagem, escavação e concretagem das cerca de mil estacas, responsáveis por suportar as fundações das caldeiras, dos geradores e das turbinas. O trabalho agora é de montar o concreto das fundações.

A verba também foi investida na encomenda dos equipamentos. A estrutura metálica da caldeira e a primeira parte de equipamentos de grande porte – vindos da China e da Índia -, devem chegar ainda este mês de julho, segundo a empresa.

Esteiras
A termelétrica terá duas esteiras, ambas de 6 mil metros. Uma delas é de responsabilidade financeira do Governo do Estado e dará início ao carregamento da matriz energética, partindo do Porto do Pecém. A outra, orçada em R$ 150 milhões, será comprada pela termelétrica e dará sequência ao transporte do carvão, totalizando doze quilômetros juntas.

O diretor-presidente da usina, Moacyr Carmo, informa que a assinatura do contrato para a compra do equipamento está previsto para ocorrer próxima semana. “A parte de borracha da esteira está sendo produzida na África do Sul. O restante, a parte mecânica, é de fabricação brasileira”, explica. Ele comenta que foi realizada uma pesquisa no mundo inteiro em busca de uma esteira menos poluente possível. A escolhida, diz, é fechada, o que não deixa liberar o pó do carvão.

Ainda com data da assinatura a ser definida – mas prevista para este mês -, os contratos que oficializam os financiamentos somam US$ 1 bilhão (quase R$ 1,9 bilhão). Conforme Carmo, já estão aprovados US$ 147 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), US$ 180 milhões de um grupo de bancos e R$ 1,4 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além de empréstimos (75%), os recursos para o empreendimento são provenientes de capital próprio (25%).

A Energia Pecém é composta de duas unidades que terão capacidade instalada juntas, de 720 Megawatts (MW) e uma geração de energia assegurada de 6.307 GWh por ano. Isso corresponde a 85% do consumo atual da energia elétrica do Ceará.

O segundo momento da termelétrica será de 360 MW, com o orçamento estimado em US$ 600 mi. Esta fase, no entanto, é de responsabilidade somente da MPX e está prevista para começar a operar em 2012

Fonte: (Jornal O POVO – Editoria: Economia)
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