Para concluir 10% das obras até agora, os recursos foram aplicados em terraplanagem, escavação e concretagem das cerca de mil estacas, responsáveis por suportar as fundações das caldeiras, dos geradores e das turbinas. O trabalho agora é de montar o concreto das fundações.
A verba também foi investida na encomenda dos equipamentos. A estrutura metálica da caldeira e a primeira parte de equipamentos de grande porte – vindos da China e da Índia -, devem chegar ainda este mês de julho, segundo a empresa.
Esteiras
A termelétrica terá duas esteiras, ambas de 6 mil metros. Uma delas é de responsabilidade financeira do Governo do Estado e dará início ao carregamento da matriz energética, partindo do Porto do Pecém. A outra, orçada em R$ 150 milhões, será comprada pela termelétrica e dará sequência ao transporte do carvão, totalizando doze quilômetros juntas.
O diretor-presidente da usina, Moacyr Carmo, informa que a assinatura do contrato para a compra do equipamento está previsto para ocorrer próxima semana. “A parte de borracha da esteira está sendo produzida na África do Sul. O restante, a parte mecânica, é de fabricação brasileira”, explica. Ele comenta que foi realizada uma pesquisa no mundo inteiro em busca de uma esteira menos poluente possível. A escolhida, diz, é fechada, o que não deixa liberar o pó do carvão.
Ainda com data da assinatura a ser definida – mas prevista para este mês -, os contratos que oficializam os financiamentos somam US$ 1 bilhão (quase R$ 1,9 bilhão). Conforme Carmo, já estão aprovados US$ 147 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), US$ 180 milhões de um grupo de bancos e R$ 1,4 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além de empréstimos (75%), os recursos para o empreendimento são provenientes de capital próprio (25%).
A Energia Pecém é composta de duas unidades que terão capacidade instalada juntas, de 720 Megawatts (MW) e uma geração de energia assegurada de 6.307 GWh por ano. Isso corresponde a 85% do consumo atual da energia elétrica do Ceará.
O segundo momento da termelétrica será de 360 MW, com o orçamento estimado em US$ 600 mi. Esta fase, no entanto, é de responsabilidade somente da MPX e está prevista para começar a operar em 2012