
O Complexo do Pecém segue consolidando sua posição estratégica no cenário global da transição energética e foi destaque nesta segunda-feira (9) na reportagem Potência Verde: Brasil de olho na transição energética, transmitida pela GloboNews. A reportagem posicionou o estado do Ceará como futuro polo de produção do hidrogênio verde – uma fonte de energia limpa e fundamental para o futuro sustentável do planeta. O presidente do Complexo do Pecém, Max Quintino, detalhou o projeto do Ceará e suas vantagens para liderar esse movimento de transição energética em âmbito nacional e mundial.
Conduzida pela jornalista Janaína Lepri, a reportagem destaca que o Brasil tem larga vantagem nessa corrida, segundo um estudo da universidade norte-americana Johns Hopkins, com a participação de pesquisadores brasileiros do laboratório de política industrial de emissão zero (NetZero). Conforme o documento, “o mundo está mudando rapidamente e o Brasil tem as condições para ser uma potência na emergente ordem geopolítica. O país tem minerais críticos, recursos renováveis, biocapacidade e base manufatureira para ser um grande produtor e exportador de energia, materiais e tecnologias”.
A reportagem reforça que, graças à combinação de forças entre chuva, sol e vento, o Ceará capitaneia os projetos de produção de hidrogênio no Brasil, no Complexo do Pecém. Em entrevista à reportagem, o presidente Max Quintino falou sobre os pré-contratos assinados para produção de H2V e sobre as vantagens do Ceará nesse mercado. “Eles vão compartilhar a água, a energia e toda a infraestrutura portuária. Quando você compartilha uma estrutura dessa, você vai também ganhar competitividade para essas empresas. Você tem que produzir hidrogênio verde, mas você tem que produzir num preço aceitável para o mercado mundial”.
A localização geográfica do Porto do Pecém, próximo dos Estados Unidos e da Europa, é outra vantagem. Especialmente pela demanda dessas regiões por esse tipo de combustível. “O país não pode perder a oportunidade. A gente não está concorrendo entre si. Não é o Ceará brigando com o Piauí ou com Pernambuco, com a Bahia ou com São Paulo. É com o mundo”, destacou ainda o presidente do Complexo do Pecém. A visão dele é confirmada pelo estudo da Johns Hopkins. “O Brasil pode ser uma potência de primeira linha no novo sistema energético ao lado de China, Estados Unidos e Rússia”, conclui a reportagem.
Hub de H2V no Pecém
O Complexo do Pecém tem hoje o projeto mais avançado de hidrogênio verde do País. São sete pré-contratos assinados com as empresas Auren Energia (antiga AES Brasil), Casa dos Ventos, EDF, Fortescue, FRV, Voltalia e Fuella AS. Somente esses pré-contratos assinados até agora já somam US$ 24 bilhões em investimentos. Isso deve duplicar a quantidade de empregos diretos e indiretos na região, que hoje é de cerca de 80 mil.